Nossos
ancestrais africanos.
Os arqueólogos e os paleontólogos são pesquisadores que se dedicam a esse tipo de
trabalho. Esses pesquisadores são importantes para conhecermos a história, pois
são através dessas pesquisas que o historiador vai ter mais informações para
também dar a sua contribuição para o conhecimento histórico. Os historiadores
não trabalham sozinho. Várias ciências também contribuem para conhecermos a
história.
Há muitos
anos, esses estudiosos e pesquisadores percorrem diferentes lugares da terra
para encontrar objetos e fósseis que
possam revelar quem era e como viviam os mais antigos ancestrais dos seres humanos. Os arqueólogos e paleontólogos viajam
por muitos lugares, onde fazem escavações para descobrir os vestígios deixados
pelos primeiros habitantes da terra: fosseis, ferramentas, objetos, obras
artísticas, entre outros elementos que demostram a presença dos primeiros seres
humanos em vários locais em outro tempo. Esse tipo de trabalho exigiu sempre
muita dedicação desses profissionais, porque, muitas vezes, os materiais estão
dispersos e distantes. Assim, os estudiosos precisam reunir as peças e
montá-las como se fosse um quebra-cabeça.
Para
organizar uma expedição de exploração em busca de vestígios de civilização
antiga, os arqueólogos fazem muitas pesquisas e estudos para conhecer o local e
a sua história. Depois organiza a equipe de exploração e reúne os equipamentos
necessários: baldes, peneiras, pás, mapas, entre outros. Depois de definir o
espaço onde ele irá fazer a escavação, faz uma demarcação de área, dividindo-a
em quadrados, onde a equipe de trabalho concentra as escavações. Esse espaço,
onde o arqueólogo vai realizar sua pesquisa e escavações, chama-se sítio arqueólogo.
No Brasil,
muitas pesquisas arqueólogas vêm sendo realizadas com o objetivo de conhecer os
mais antigos seres humanos de nossas terras. A antropóloga Niéde Guidom
pesquisa no parque nacional da serra da capivara desde 1963. Esse parque fica
no município de São Raimundo Nonato, no Piauí. Lá foram encontradas pinturas rupestres nas paredes de
pedra. Ela defende a ideia de que os povos do continente americano são mais
antigos do que afirmam as teorias cientificas. Enquanto essas teorias defendem
que o homem se fixou na América há aproximadamente 15 mil anos, as pesquisas de
Niéde guidom afirmam que a presença humana na América ocorreu há 50 mil anos.
Porem, nem todos os cientistas concordam com suas hipóteses, o que colabora
para deixar o assunto ainda sem uma conclusão definitiva.
Além do
Piauí, existem ainda outros lugares onde se realizam pesquisas arqueológicas,
como em Minas Gerais, na caverna de Lagoa santa. Lá os pesquisadores
encontraram um crânio humano e fizeram a reconstituição do rosto de uma mulher,
a qual deu o nome de Luzia. Pelos seus cálculos ela teria vivido há
aproximadamente dez mil anos. Nos dias atuais, outros estudiosos continuam as
pesquisas no local com esperanças de encontrar os outros vestígios humanos dessas
épocas.
Assim, em
diferentes lugares do nosso pais é possível encontrar fósseis que podem
colaborar para novos conhecimentos sobre a origem dos seres humanos.
Miniglossário
Arqueólogos: pesquisador que estuda os costumes e
a cultura dos povos antigos através do material (fosseis, artefatos, monumentos
etc.) que restou da vida desses povos.
Paleontólogos: pesquisador que estuda as formas de
vida existentes em períodos passados, a partir dos seus fósseis.
Fósseis: vestígios petrificados dos seres
vivos que habitaram a terra.
Ancestrais: relativo aos antepassados.
Sitio arqueólogos: locais onde se encontram vestígios da
ocupação humana em tempos muito antigos.
Pinturas rupestres: tipo de arte feita por homens
pré-históricos nas paredes das cavernas.